Qual a diferença do Chorinho, Pagode e Samba?
O Chorinho
A Independência Política do Brasil foi construída com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro. A fuga planejada por D. João VI trouxe a possibilidade de formar a identidade cultural brasileira. Inicialmente, a música se limitava às composições de outros países, mas o desenvolvimento da cidade trouxe e formou músicos que começaram a criar e interpretar as partituras estrangeiras. Assim, o Chorinho surgiu, caracterizado pela execução em tons graves e por instrumentos como cavaquinhos, pandeiro, bandolins, flautas e violões. A primeira grande musicista brasileira, Chiquinha Gonzaga, foi responsável por reger a primeira orquestra do país. No século XX, as melodias foram acompanhadas de letras também emocionantes e Pixinguinha ajudou a consolidar o Chorinho como o primeiro ritmo brasileiro.
O Samba
O samba é a expressão da cultura negra, que, após a abolição, encontrou terreno fértil nos morros e nos transportes públicos da terra da garoa. É sinônimo de festa e alegria, com versos simples e honestos transformados em poesia. Desde a competição de frases e versos que se tornou partido alto, até os sambas-enredo, o samba é um grito de liberdade em forma de música. Os batuqueiros ritmam e o Apito do Mestre Anselmo apita, para que ninguém perca o compasso. Transformando cultura em samba e diversão, para que todos possam festejar e celebrar até o sol raiar.
O Pagode
O pagode nasceu como apelido pejorativo dado às festas dos escravos libertos, que saíram das senzalas para fazer o tambor ecoar nos quintais e botequins. Ao ser transformado em ritmo musical, o pagode não se distanciou muito do seu gênero de origem, o samba. Isso ficou evidente com o surgimento do Fundo de Quintal, considerado o primeiro grupo de pagode. Com o passar dos anos, os pagodeiros passaram a criar letras românticas e instrumentos com sonoridades diferentes, como os tantãs e teclados, gerando grandes sucessos. Assim, o pagode tornou-se uma forma de combater o preconceito, através de uma festa musical, e se tornou a expressão de uma cultura de resistência.
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